Essa é uma queixa comum no consultório oftalmológico e deve ser investigada. Existem várias causas e a investigação deve ser feita através de exame e avaliação da história clínica da doença. Normalmente, as causas são:
Os corpos estranhos devem ser retirados. Inicialmente, o paciente deve lavar com água corrente com o objetivo de retirá-lo com a força da água. Não manipular com a mãos ou com objetos, uma vez que podem aumentar a lesão no olho. Após essa lavagem inicial, não usar nada no olho como colírios sem prescrição médica, paciente deve tomar alguma medicação para dor via oral, ou seja em formas de comprimido ou gotas analgésicas e procurar a consulta com oftalmologista, que irá retirar o corpo estranho.
A recomendação de não manipular vem do fato de muitas vezes o corpo estranho ser milimétrico “invisível” e eles podem estar impactados na conjuntiva (por trás da pálpebra) ou na córnea, sendo assim, faz-se necessário a retirada cuidadosa a fim de que se preserve estruturas nobres do olho.
As alergias oculares normalmente vêm acompanhada de coceira, sensibilidade exagerada a luz (luz do sol, luz de computadores ou celulares) e olho levemente vermelho. Geralmente é um quadro que vem se arrastando a meses ou anos e só será descoberto em consulta cuidadosa. Durante o exame, o médico deve everter, ou seja, virar a pálpebra do paciente para exame minucioso. Em seguida, tratar com colírios antialérgicos por meses.
O quadro de olho seco é cada vez mais comum, acometendo várias faixas etárias. Idosos reclamam muito de coceira, ardor, lacrimejamento e sensação de areia nos olhos. O diagnóstico deve ser feito com uso de corantes oculares como fluoresceína. O tratamento deve ser feito com colírios lubrificantes e em casos mais graves com gel ou pomadas lubrificantes. Há também casos de olho seco em jovens.
Dr. Pedro Paulo Cabral – CRM/RN 5880