Oclusão de veia central da retina ou Oclusão de ramo
É um grupo variado de doenças que levam ao comprometimento, e na maioria das vezes sangramento em uma região muito nobre do olho chamada retina. O que ocorre é o entupimento dos vasos importantes que nutrem essa região importantíssima. As oclusões podem ser divididas de acordo com o local da oclusão, quando acomete a área central da veia retinina é chama de Oclusão de veia central da retina (OVCR), quando acomete apenas parcialmente essa veia é chamada de Oclusão de Ramo da veia da Retina (ORCR).
1.1 Quais a consequências de uma oclusão das veias retinianas?
1.2 As oclusões são muito frequentes atualmente na população?
1.3 Quais os fatores de risco das oclusões retinianas?
1.4 Quais os sintomas das oclusões de veias retinianas?
1.5 Como descubro que estou com uma oclusão de veia da retina?
1.6 Qual o tratamento das oclusões de veias da retina?
1.7 Por quanto tempo deve ser aplicado injeções intra-vítreas para tratamento das oclusões retinianas?
1.9 Com aplicações, o problema de oclusão de veias retinianas tem cura?
Mesmo dentro do mesmo espectro de doenças, as oclusões no geral podem ser completamente assintomáticas ou chegar aos graus máximos de cegueira como não percepção de luz. Mesmo que não leve a cegueira, o não tratamento adequado desse problems pode gerar além da baixa de visão o desenvolvimento de glaucoma de difícil controle causando dores ao paciente e diminuição da sua qualidade de vida. O tratamento com profissionais especialistas de forma adequada pode reduz o comprometimento visual que pode ser permanente e muito grave.
A oclusões retinianas representam a segunda causa de cegueira vascular da retina, ficando atrás apenas da retinopatia diabética. A ORCR, prevalência de 0,4% da população mundial, é mais comum que a o OVCR (prevalência de 0,08%) com igual distribuição entre homens e mulheres. Um fator de risco para esses dois problemas é a idade. Outro detalhe é que um paciente com oclusão de ramo tem um risco de 10% de desenvolver o problema no outro olho em um período de 3 anos.
– Idade maior que 60 anos
– Pacientes hipertensos
– Pacientes diabéticos
– Pacientes com glaucoma
– Pacientes com doenças crônicas no geral (lupus, leucemias, HIV)
– Pacientes com problemas de coagulação sanguínea.
– Baixa visual
– Perda gradual da visão
– Manchas na visão podendo aparecer de forma abrupta ou gradual
Através de exame de fundo de olho ou um mapeamento de retina com oftalmologista. No exame será visto uma das imagens acima mostradas. Uma retina vasos bem dilatados e sangramento por toda parte, causando edema retiniano.
Alguns detalhes técnicos são que na consulta deve-se realizar alguns exames específicos para estadiar, ou seja, classificar o problema. Exame de tomografia de coerência óptica (OCT), para medir a espessura da retina. Exame de retinografia, que consiste em uma foto da lesão bem como uma angiofluoresceinografia para classificar melhor a lesão e propor o melhor tratamento.
O tratamento inicia com a investigação das causas, ou seja, tratando a hipertensão arterial do paciente, compensando as taxas da diabetes assim como tratando alguma doença preexistente que o paciente possa ter.
Em seguida temos que tratar o edema de mácula, que é formado pelo sangue que extravasa para região da mácula, e as regiões de isquemia percebida nos exames.
As opções de tratamento existentes são chamadas de medicações anti-VEGF, são aplicados dentro do olho – na região do vítreo – que melhoram a visão, e também ajudam a prevenir problemas futuros como glaucoma e cegueira.
Os medicamentos existentes no mercado são Avastin®, Lucentis®, Eylea® e Ozurdex®. Consistem geralmente em injeções que podem ser mensais.
Outros tratamentos são uso de laser na região acometida pela trombose, visando evitar consequências desastrosas com glaucoma de difícil controle, outro objetivo é diminuir a área de edema causada pelo sangue alojado na retina.
Implantes de anti-inflamatórios no vítreo também pode ser uma opção para os casos de oclusão de veias retinianas, reduzindo a inflamação e “enxugando” a área da retina que está com edema.
O tratamento varia de acordo com os sintomas, as aplicações de medicações anti-VEGF intra-vítreo são realizadas mensalmente, por 6 meses consecutivos, podendo aumentar para mais tempo dependendo da resposta do paciente. Após a aplicação são necessários exames de imagem da retina do paciente para acompanhar a melhora do caso, por exemplo o exame de tomografia de coerência óptica.
O tratamento eficaz das oclusões leva a melhora visual, e evitam a progressão da doença para um glaucoma, dando ao paciente uma melhor qualidade de vida, porém a origem do problema persiste, havendo a possibilidade de mesmo com o tratamento correto, persistir algumas sequelas visuais. Esses pacientes devem ser examinados por oftalmologistas e por cardiologistas regularmente.